20 julho 2005

Dancing days are here again...

Resenhas de discos

HOUSES OF THE HOLY (LED ZEPPELIN)

O Led Zeppelin é uma banda que dispensa apresentações, afinal, influenciou gerações e gerações de rockeiros, vendeu milhões de discos e muito mais. Apesar dos trabalhos da banda terem sido tratados com desprezo pela crítica da época (fato ignorado pelo público, que sempre garantiu ao Led recordes e mais recordes de vendagens), há vários deles que são excelentes. Um deles é Houses of The Holy.
O disco não é unanimidade para público e crítica. Muitos alegam que falta uma direção musical, que a banda traiu as suas raízes e “viajou” demais. Mas não dê atenção a esses comentários, são apenas puristas e caretas. Houses of The Holy é a obra-prima do conjunto. As faixas falam por elas mesmas. “The song remains the same” é, talvez, a canção ideal para abrir um disco: pulsante, com incríveis solos de guitarra e uma letra quase que autobiográfica. “The rain song” é uma longa e bela música, ideal para embalar corações apaixonados. “Over the hills and far away” é a primeira das surpresas do álbum aos fãs da banda da época (e até os de hoje), por ser um bem animado Soul. A 4ª canção é mais uma que torce o nariz dos ouvintes desatentos: “The crunge” é um Funk! A canção é bem estilosa, mas desagradará os "roqueiros xiitas".
O lado B do LP (ou a faixa cinco do CD) é aberto por “Dancing days”. Misturando Rock com Pop/Dance, esse tema é vibrante, tem uma ótima letra e melodia sensacional. Na minha opinião, a melhor das melhores canções do Led Zeppelin. Calma que o disco tem mais! “D’yer Mak’er” é (mais) um tapa na cara dos puristas: ela é nada mais, nada menos que um Reggae! Isso mesmo, Led com influências jamaicanas! A canção fez sucesso, e eu duvido que você nunca a ouviu. A penúltima do Houses of the Holy é a psicodélica e soturna “No quarter”, prova da genialidade de J. P. Jones. E, fechando a obra-prima, “The ocean”, um Funk Rock animado.
Mas tenha cuidado: se você ainda não conhece o Led Zeppelin, é melhor começar pelos quatro primeiros álbuns deles, e hits como “Stairway to heaven”, “Black dog” e “Whole lotta love”. Quando você realmente curtir essa grande banda, tente Houses of The Holy. O disco é de difícil compreensão para alguns, mas quem o decifra descobre nele o auge desse incrível conjunto que marcou o Rock mundial.

A banda: Jimmy Page (guitarra), Robert Plant (vocal), John Paul Jones (baixo, teclados) e John Bonham (bateria).

Cotação: 9,5/10