22 julho 2005

London's Burning, with boredom now...

Resenhas de discos

THE CLASH (THE CLASH)


Iggy Pop foi pioneiro nos anos 60. O Ramones, com sua despretensão e canções sobre tédio e banalidades, e o Sex Pistols, com sua anarquia e “niilismo de boutique”, estouraram o movimento em 1976. Mas quem realmente provou que o punk era muito mais do que pancada sonora e gritaria ensadecida foi o The Clash. Ao contrário do conjunto de Sid Vicious, eles não eram apenas atitude – tinham talento. Socialistas e idealistas, eles sempre foram panfletários e politizados em suas canções, criticavam o Estado e propunham uma sociedade mais justa e menos desigual. Em seu primeiro disco, o mais agressivo de todos, isso fica bem claro.
Em faixas como “White Riot” e “Clash City Rockers”, o protesto político é explícito e furioso. A ironia em relação à decadência londrina predomina em “London’s Burning”. A famosa “I Fought The Law” é um dos destaques do debut da banda, assim como “Janie Jones”, que trata sobre a desilusão com o emprego e a fuga dessa realidade com namoradas e Rock n’ Roll. O trabalho também é o alvo das críticas de “Career Oportunities” e “Complete Control” (sendo esta direcionada à gravadora). As frustrações com a vida e a baixa-estima são o tema de “What’s My Name”. A única canção que não é punk é o cover “Police and Thieves”, um reggae com um bom ritmo.
Praticamente todas as músicas são boas. O disco tem um Punk Rock puro (portanto, cru e direto), e o descontentamento do trio criativo da banda (Joe, Mick e Paul) com a situação é muito bem expressado, seja pelas ótimas letras ou pelas composições marcantes. O The Clash seguiria essa estilo no 2º disco (Give’em Enough Rope, 1978), mas mudanças no som viriam no lendário London Calling (aguarde uma resenha sobre ele!). É interessante saber que há duas versões distintas do álbum de estréia da banda: a inglesa e a americana. A diferença fica pelo fato de que a dos EUA incluiu os singles da banda lançados até aquele momento (como "I Fought The Law") e tirou as músicas “menos acessíveis” (para não dizer mais sujas). Mas ambas as edições são boas; a da Inglaterra, por ser um registro mais honesto do Clash, e a estadunidense por incluir músicas muito boas que não estavam no original.
Se quiser conhecer uma das mais influentes bandas de Rock da história nas suas origens, ouça as faixas desse disco e comprove o porquê de tanto culto ao The Clash.

- Ouça Janie Jones: é só clicar aqui para baixá-la pelo Rapidshare! (Qualidade: 192 kbits por segundo)
Obs.: No Rapidshare, você só pode fazer um download a cada 6o minutos. A não ser que você descubra algum login e senha da versão Premium, hehe... (se alguém conseguir, POR FAVOR, ME PASSE!)

A banda: Joe Strummer (vocal, guitarra), Mick Jones (vocal, guitarra), Paul Simonon (baixo) e Terry Chimes (bateria). Topper Headon tocou bateria em algumas faixas.

Cotação: 9/10

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

...please where can I buy a unicorn?

18/12/09 17:43  

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